Nome Científico | Buteo buteo harterti (Swan, 1919) |
Nome Comum | Manta, águia-de-asa-redonda, milhafre. |
Família | Accipitridae |
Estatuto Taxonómico | Subespécie endémica do Arquipélago da Madeira |
Estatuto IUCN | Pouco Preocupante (LC) |
Estatuto Livro Vermelho | Pouco Preocupante (LC) |
Comprimento |
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Envergadura |
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Descrição | Os indivíduos adultos apresentam a parte superior do corpo de cor castanha avermelhado. O peito é castanho escuro uniforme ou listrado e manchado de amarelo esbranquiçado. A cabeça é pequena com o bico preto e enganchado. A cauda relativamente curta e de coloração cinzenta clara (Bannerman & Bannerman, 1965). Em voo sobressaem as manchas claras nas partes inferiores e as orlas mais escuras. A cauda mostra quase sempre listras transversais. |
Distribuição Mundial | Espécie com ampla distribuição europeia. Em Portugal a subespécie B. b. harterti apenas ocorre no Arquipélago da Madeira. Na Macaronésia ocorre sob a forma de quatro subespécies endémicas dos arquipélagos da Madeira (B. b. harterti), Açores (B. b. rothschildi), Canárias (B. b. insularum) e Cabo Verde (B. b. bannermani), respectivamente. |
Distribuição Regional | Ocorre nas Ilhas da Madeira e Porto Santo e apresenta uma distribuição dispersa. Até 1996 esta ave nidificava nas Ilhas Desertas mas a realização do projecto de "Recuperação dos Habitats Terrestres da Deserta Grande" que visava a eliminação dos herbívoros, levou que os poucos casais existentes abandonassem esta área. |
Comportamento | Voa com batimentos lentos e em círculos planados. Igualmente executa com frequência voos curtos e picados. Normalmente não formam bandos mas podem ser observados vários indivíduos juntos (normalmente duas a três aves). |
Habitat | Ocorre num vasto leque de habitats, como zonas florestais indígenas e exóticas, zonas com pouca vegetação ou com vegetação rasteira, áreas agricolas e zonas sub-urbanas. |
Dieta | Alimenta-se de roedores, insectos e pequenas aves. |
Efetivo Populacional | Apesar de não haver dados rigorosos sobre o seu efectivo populacional, estima-se que exista uma população superior aos 2.500 indivíduos, que ocorrem fundamentalmente na Ilha da Madeira (Oliveira & Menezes, 2004). Em 2006 a SPEA iniciou um censo anual dirigido para esta subespécie ao longo das Ilhas da Madeira e Porto Santo. Esse censo permitiu estimar uma população de 300 aves, para ambas as ilhas. Contudo, supõe-se que este número esteja bastante subestimado (Fagundes et al. 2008). |
Tendência Populacional | Nas últimas duas décadas apresentou uma tendência populacional nitidamente positiva. |
Factores de Ameaça | Em termos históricos esta ave, tal como outras aves de rapina foi alvo de uma intensa perseguição humana, pelos mais diversos motivos (e.g. caçadores e criadores de aves domésticas), porém esta ameaça não apresenta a mesma dimensão de outros tempos e existe actualmente uma maior consciencialização dos efeitos positivos que esta ave pode ter sobre os ecossistemas. |
Medidas de Conservação | Nas ilhas da Madeira e Porto Santo entre 20% a 50% da sua área de ocorrência estão classificadas como Zona de Protecção Especial e Zonas Especiais de Conservação, integrando desta forma a Rede Natura 2000. Igualmente outras áreas de ocorrência estão protegidas sob a juridisção do Serviço do Parque Natural da Madeira, com o estatuto de Reserva Integral ou Parcial. |
Hot-spots de observação |
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Data de Atualização | 19/10/2009 |
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